quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Projecto: "O que é o S. Martinho?"

Esta semana desenvolvemos o projecto de S. Martinho.




Começamos por registar as nossas ideias iniciais:


O que já sabemos?


"O S. Martinho comemora-se com castanhas, porque quando o S. Martinho ajudou o mendigo eles comeram castanhas juntos debaixo do castanheiro" João - 2º Ano


"S. Martinho ia para o trabalho e depois encontrou um mendigo cheio de frio e pediu esmola. Só tinha a capa e cortou-a. Jesus ficou contente e ficou sol." Ana Margarida - 2º Ano


"O nome do cavaleiro era: Martinho." Rafael


"Se estivesse a chover apagava a fogueira." Vítor Hugo - 2º Ano


"O S. Martinho é o dia que se chama S. Martinho de Verão porque há sol." Francisco - 1º Ano


"Há sol porque o Martinho cortou a capa."



De seguida, colocámos algumas questões sobre o S. martinho:


O que queremos saber?


"Porque é que o S. Martinho se comemora com castanhas?" Vítor Hugo - 2º Ano


"Porque é que o Verão de S. Martinho são três dias?" Todos


"Festeja-se o S. Martinho nos três dias?" Joana - 1º Ano


"Porque é que existe o S. martinho?" Vítor Hugo - 2º Ano


"Em que altura aconteceu a lenda? E Onde?" Todos


"Onde se encontrou com o mendigo?" Ana Margarida - 2º Ano



E, pensámos, ainda, onde poderíamos encontrar as respostas que procurávamos:


Onde vamos investigar?


"Nos livros" Francisco - 1º Ano


"Na Internet" Beatriz - 1º Ano


"Nas revistas" Marta - 1º Ano


"No jornal" Jéssica - 1º Ano


"Televisão" Joana -1º Ano


"Perguntar às pessoas" Vítor Hugo - 2º Ano


"No cinema" Lara - 1º Ano


"Dicionários" Bebiana - 1º Ano


"Perguntar às pessoas idosas" Ana Margarida - 2º Ano

1 comentário:

  1. Diz a lenda que Martinho, nascido na Hungria em 316, era um soldado. Era filho de um soldado romano. O seu nome foi-lhe dado em homenagem a Marte, o Deus da Guerra e protector dos soldados. Aos 15 anos vai para Pavia (Itália). Em França, abraçou a vida sacerdotal, sendo famoso como pregador. Foi bispo de Tours.
    Certo dia de Novembro, muito frio e chuvoso, estando em França ao serviço do Imperador, ia Martinho no seu cavalo a caminho da cidade de Amiens quando, de repente, começou uma terrível tempestade. A certa altura surgiu à beira da estrada um pobre homem a pedir esmola.
    Como nada tivesse, Martinho, sem hesitar, pegou na espada e cortou a sua capa de soldado ao meio, dando uma das metades ao pobre para que este se protegesse do frio. Nessa altura a chuva parou e o Sol começou a brilhar, ficando, inexplicavelmente, um tempo quase de Verão.
    Daí que esperemos, todos os anos, o Verão de S. Martinho. E a verdade é que S. Martinho raramente nos decepciona. Mas a explicação segundo um meteorologista é que mais ou menos por esta altura do ano, o nosso anticiclone costuma deslocar-se e permanecer uns dias de forma a impedir a entrada de massas de ar, o que nos costuma trazer um início de Novembro soalheiro. Curiosamente em França, lugar de origem do Santo, costuma chover e até nevar. O que só prova que ninguém é profeta na sua terra… isso ou então o anticiclone não pode estar em dois lugares ao mesmo tempo.
    Mais tarde, Martinho terá tido uma visão de Jesus e decidiu dedicar-se à religião cristã. Faleceu a 8 de Novembro de 397, em Tours.
    Em sua homenagem, comemoramos o dia 11 Novembro com as primeiras castanhas do ano, acompanhadas de vinho novo. É o Magusto, que faz parte das tradições do nosso país. O magusto realiza-se em datas festivas: no dia de São Simão, no dia de Todos-os-Santos ou no dia de São Martinho. Inúmeras celebrações ocorrem não só por Portugal inteiro, mas também na Galiza e nas Astúrias.
    A origem do magusto não é muito clara, mas há quem refira (por ex: Leite de Vasconcelos, etnólogo português) que o magusto é o vestígio dum antigo sacrifício em honra dos mortos e refere que em Barqueiros era tradição preparar, à meia-noite, uma mesa com castanhas para os mortos da família irem comer; ninguém mais tocava nas castanhas porque se dizia que estavam com “babada dos defuntos”.
    Felizmente já ninguém se lembra desta última parte. E é muito mais lógico, serem os vivos a comerem-nas.

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